sexta-feira, 3 de outubro de 2014



Reinventar-se é uma tarefa estranha. Por vezes árdua, porém necessária. Outras necessária, porém improvável. Fazer-se de novo, erguer-se do poço ao céu. Mas as mãos não querem arrancar as folhas do caderno antigo, desfazer-se dos recados de ontem. O presente é a soma do que foi. O futuro, apenas um neologismo possível. Um dia de cada vez, repete para si mesmo. Em frente! Como um rato de laboratório percorrendo sua roda de exercícios. Fatigando-se em círculos, sem chegar a lugar algum. Reinventar-se é buscar o horizonte onde o dia sempre acaba. Porém o que é triste e lindo é entender que lá encontramos apenas o sol poente, como que morrendo a cada dia na hora de deitar-se, enquanto o alvorecer vem sempre na contramão, surgindo cheio luz ofuscante por trás de onde os olhos alcançam.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Este tempo não tem sido fácil... O que vai ser de cada um de nós nos próximos momentos ou no tempo seguinte, é algo que não nos pertence, é algo que não está ao alcance de nossas decisões, nem de nossos planos, muito menos de nossas vontades. Temos o livre-arbítrio da escolha, porém lembremos que por cada escolha que fazemos, somos cobrados a uma contrapartida. Meus olhos estão marejados, minha consciência confusa, meus passos estão com pouco rumo e por isso peço perdão aos que me querem bem e tem me questionado quanto a tristeza de minhas palavras. Permitam-me lembrá-los, amigos queridos, que como dizia um poeta (confesso que não me recordo qual...) as "palavras tristes" tendem sempre a ser as "palavras mais bonitas". Ando a procura de mim mesmo, sem muita esperança de me encontrar... Ando tentando mudar coisas erradas que se tornaram hábitos, recuperar pequenos pedaços de corações que me eram caros e foram perdidos ao longo do caminho e, ainda, construir soluções para problemas concretos - quem dera todos tivessem esta configuração - e que tem me tirado o sono e a paz. Peço aos corações generosos que acompanharam esta postagem até aqui que não deixem comentários abaixo dela. Apenas saber de seu carinho para com este "troca-letras" já é suficiente para tornar mais claros estes dias cinzentos. Não tenho mais certezas, apenas fé, e ela tem me mantido e me desafiado a seguir em frente até onde for possível.

Uma canção para iluminar estes dias cinzentos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

De volta à cena...

Retornando de um período de retiro pessoal/espiritual/intelectual/vagabundal...

Apenas apra marcar presença: curta o clip das Velhas cantando "Porque a gente é assim", do Cazuza.

Adjetivo da hora: putaquepariu!!!


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Desabafo

Uma feira serve para mostrar o que de melhor se produz em uma comunidade, mas muitas vezes também serve para expor o que de pior existe em algumas pessoas. No caso espícifico do trabalho da imprensa, podemos facilmente observar os profissionais que estão comprometidos com a informação e as vedetes que escondem-se atrás de um crachá ou de um pseudo-diploma. Se de um lado tem gente usando terno e sapato para pisar no barro, do outro tem gente escandalosa esperneando via meios digitais para buscar um pouco de repercussão. E a informação gente??? Eu cá da minha insignificância, do andar de baixo onde estão os não diplomados, prefiro silenciar e me virar. Aliás, bons tempos em que os repórteres eram quase anônimos, não atravessavam em frente as fotos de colegas, não copiavam textos, não burlavam fontes, nem atiravam "pedra" em colegas só porque estão em veículos concorrentes. Nessas horas dá pra entender porque o diploma caiu com tanta facilidade. Classe desunida, mais preocupada com os holofotes do que com o exercício da profissão. Deslumbramento. Uma pena que o bom trabalho de muita gente séria que passa pelo mesmo ambiente seja ofuscado por mesquinharias que podem até servir ao interesse do patronato, mas nunca vão garantir um vintém ao operariado.